
Garotos Podres
Praça Ferrock, P. Norte – Ceilândia/DF
01/05/2025
Por Thiago “Barbosa Osvaldo”
Projeto meia dia em ponto, do Centro Cultural Ferrock, que em 2026 completará 40 anos de atividades, com o foco em produções na cidade de Ceilândia/DF.
Ferrock nesse ano tá com bala na agulha, promovendo várias datas. Para esse 1° de maio de 2025, em parceria com o Márcio Picka (Os Maltrapilhos) que nos últimos anos vem promovendo eventos nessa data na Casa do Cantador da Ceilândia, uniram forças e trouxeram como atração principal a lendária banda Garotos Podres.
A praça Ferrock tem uma área muito boa pra um evento desse porte. Uma quadra de esportes ao fundo, uma espaço aberto com excelente espaço na frente do palco e um palco fixo de concreto, numa altura boa. Para o evento, a produção montou estrutura com camarim para as bandas, cobertura no palco e uma tenda grande na frente do palco pro público se proteger do sol e da chuva. Banheiros químicos, banquinhas com material alternativo e tendas com comidas e bebidas. As crianças tomaram de conta da área reservada para PCDs, num local montado com elevação. Se chegasse algum PCD, seriam bem vindos e teriam prioridade, é lógico. Com programação diversa desde orquestra de frevo, de sanfona, grupo de samba e fanfarra, e com a acertadíssima escolha do headliner Garotos Podres. O público em peso chegou mais tarde para ver a atração principal, que há 18 anos não vinha ao DF. Ponto pro Ferrock que topou na escolha junto do Márcio, num dia muito apropriado, como o dia dos trabalhadores.
Quarta vinda dos Garotos Podres ao DF. As três vindas anteriores foram marcadas por confusões e muita tensão.
À lembrar:
1998 – projeto temporadas populares no Gran Circo Lar, governo do Cristóvão Buarque, em que a secretaria de cultura promovia esse projeto. Abertura do DFC. Uma meia dúzia de carecas causou um estrago. Pancadaria feia e treta com o público.
2006 – Sala Cássia Eller, complexo Funarte.
Novamente os carecas malditos apareceram para atrapalhar. Tensão no ar.
2007 – Porão do Rock. Com receio de ter confusão, a produção colocou a banda pra ser a primeira a tocar no dia, cedo.
18 anos depois, eles voltam, com formação bem diferente, e apenas com o vocalista Mao da formação original. Houve uma disputa pelo nome entre o Mao e outros integrantes. Tanto que o Mao por alguns anos tocou com o nome O Satânico Dr. Mao e os Espiões Secretos. Depois ele ganhou o direito de uso do nome Garotos Podres e reformulou a banda, que segue firme tocando.
Fui com a Paulinha (minha esposa) e nossos filhos Joaquim e João.
Aquela leve tensão no ar se seria perigoso como nas últimas vezes foi embora assim que chegamos na praça Ferrock e encontramos muita gente, a praça tomada por rockeiros, da nova geração, aos veteranos e dinossauros, na maior tranquilidade, como deve ser e o fundador do Ferrock, Ari de Barros, sempre prega: PAZ.
Fellipe CDC pela produção, Itazil, Fernando AC/DC, Ari do Ferrock, todos esses ali pelo palco e backstage.
Na plateia vários amigos e conhecidos como Julião, Edilaine, Gilvany e sua banquinha, Ulixo, Ricardo Gordinho, Rubens Pinto e Bruna, Geldo, Luís Litrão, Clebão junto da esposa e filhas, Ângelo, Márcio Picka e Cristiane, Aline, Philippe e Aninha, Totó, Rafaela, Adriana Drikaos, Thaís, Jôsefer, Pituca, Teka, Lagartixa e Pedro Suvaco. A velha guarda em peso na praça Ferrock. Assisti grande parte do show ao lado dos meus amigos Rafael Pinguin e Hery, que estava acompanhado de sua filha Malu.
Com leve atraso de 20min, era por volta de 19h20 quando a banda estava pronta no palco e surgiu o velho Mao, ostentando sua barrigona sendo segura pelo suspensório, bermudinha e coturno com cadarço amarelo.
Garoto Podre, grande hino, iniciou o show. A praça tava bem cheia, público animado na frente do palco. O som ia regulando. A voz do Mao no início estava um pouco baixa. Set list massa, cheio de clássicos, covers espertos. A clássica versão de A Internacional. Grândola, vila morena. Antifa Hooligan.
Mao ressaltou a importância do dia dos trabalhadores e se sentia lisonjeado em estar ali naquele dia. Mao tá velho. Em alguns momentos esquecia a letra como em A Internacional, o que não comprometeu em nada o show. Às vezes fora do tempo em outros sons. E o show seguia sem problemas, e era fácil observar a satisfação do público. Tava agradando todo mundo e tava um show bem legal. Até as músicas mais bobinhas como Vomitaram no Trem rolou no set list.
Pro final, Alex Podrão subiu pra cantar Anarquia Oi, entrando fora do tempo no início, junto do Mao. Acontece. Hehe
Fecharam com o velho clássico Papai Noel.
As crianças que estavam curtindo muito no cercadinho elevado reservado pros PCDs queriam cantar Vou Fazer Cocô, que a banda deixou de fora da apresentação. Show de aproximadamente 1h de duração.
A banda ficou disponível pra galera trocar uma ideia e tirar fotos. Fazia frio e ventava na praça. Rapidamente a galera foi dispersando, incluindo eu e minha família. Valeu! Foi massa demais e histórico esse show no P. Norte. Totó e Rafaela fizeram um vídeo foda. Ferrock merecia tal acontecimento e fez valer. Até a próxima!