
22/06/2025 – Moto Rock, Taguatinga/DF
Por Thiago “Barbosa Osvaldo”
Foto por Faturetto e arquivo pessoal
Show domingo, no Moto Rock que fica na QNJ em Taguatinga, área do Fellipe CDC. Aniversário de 27 anos d’Os Podrera. Cheguei um pouquinho depois das 17h e a banda Zuada já estava no palco. Já tinha um público razoável até. A banda formada por Sophia, Bárbara Cólera e Kiyuushi detonou seu som punk/hardcore pra uma galerinha ainda um pouco tímida dentro do bar. Show bacana dessa banda que tá na ativa desde 2023. O som instrumental tava massa, o vocal oscilava e às vezes o que saía nos PA’s parecia aquelas Kombi velha fazendo anúncio vendendo frutas pelas ruas da cidade.
O som é do próprio Moto Rock, que atende muito bem o que o espaço precisa. Tiraram as mesas que ficavam mais à frente do palco e ficou agora com um ótimo espaço para o público circular e curtir o show. Ponto para o Moto Rock. Algumas mesas pequenas com cadeiras ficam agora ao fundo, perto das janelas.
Trash Town Terror, banda nova do Ivan Gordinho – O Rei do Parque da Barragem – foi a próxima e arregaçaram em cerca de 20 min. A animação do Gordinho é muito massa e contagiante. O som da banda, crossover/thrash, empolga muito principalmente nas partes mosh, com muito veneno, que são os melhores momentos dos sons da banda. Chega a lembrar o M.O.D. no disco Gross Misconduct. O batera magricelo, usando óculos e uma camisa do Cruzeiro, tem uma caixa de bateria com um timbre maravilhoso que faz toda a diferença. O moleque toca bem demais também, assim como o Victor (guitarra) e o Samuel (baixo). Tocaram ainda o som clássico do Twisted Sister “We’re Not Gonna Take It” pra encher uma linguiça.
O público foi chegando cada vez mais. Era perceptível dentro do bar. A banda Tennesso se arrumava no palco. Confesso que só conhecia de nome e de ver divulgação em alguns flyers. Nem os integrantes eu conhecia, e acho que jamais tinha os visto por aí. Chegaram com o uniforme da banda, meteram um surdão na frente da bateria, onde o vocalista fazia umas intervenções de percussão e muito efeito nas guitarras. Fizeram o show mais longo da noite. Pegada new metal com influências de Slipknot. Mandaram ainda uns covers de Pantera e Sepultura (Territory). Não é um som pra mim não, mas reconheço que são bastante competentes e agradou muita gente.
Terror Revolucionário foi a próxima banda. Levei meu cabeçotinho Crate pra fazer um teste e começar a levar aos shows, e o resultado foi muito bom. Aquela serra elétrica massacrante grosseira sem lubrificação. O som ficou massa. Meu camarada Marcel que foi de carona comigo disse que tava bom. Timbrão do baixo da Adriana e a serra elétrica na guitarra sem educação. Preparamos um set para 30 minutos. O microfone principal era sem fio, e no primeiro som o Magrelo Cara de Cachorro sumiu no meio das pessoas e nos abandonou no palco. Pessoas se aproximaram, erramos algumas coisinhas para não perder o costume, e foi bem legal. No final o Marcelo Podrera chegou junto para berrar Qual o Destino da Humanidade.
Amigos presentes como o Marcelo Mutante, sua filha Marcela já acompanhada de seu namorado Arthur. Edilaine, Jourbert, Thaís, Michelle No Class, Shabbanna Dark, Ives, Luís Litrão, Luydson Osvaldo Taurus Extermínio, Gilvany e suas camisetas mancha negra. Uma senhora bem figura, sempre presente nos shows no Moto Rock, era a que mais agitava no salão. Depois descobri que o nome dela é Verinha.
Deu um público muito bom e tava um clima bem legal. Mas o público do Moto Rock mantém o hábito estranho de ficarem mais fora do local do que dentro do espaço curtindo as bandas. Isso inclui até os pagantes e convidados. Na hora do Podrera foi diferente. Tipo muito mais gente dentro do bar. Fiquei feliz em ver tantas pessoas com camisetas e bonés do Podrera. Isso demonstra o respeito e admiração das pessoas por essa banda guerreira, na ativa desde 1998, e que nunca parou, mesmo com o tanto de formações diferentes que teve em todos esses anos. Integrantes das antigas estavam lá, como o Guilherme e o Fausto. Marcelo Podrera é muito querido e todo mundo gosta dele. Merecia tal festa e celebração. Podrera fez um show muito bom e o mais agitado da noite. Marcelo Podrera (bateria e fundador da banda), Jôsefer (baixo), Chendes (guitarra), Bira (guitarra) e Daniel (vocal) fazem parte da atual formação que já dura alguns anos. Podrera no início tinha um som mais punk/hc. Há alguns anos com a presença de integrantes mais metaleiros, o som tendeu a ficar mais metal, é óbvio, fortalecendo o que o Podrera Crossover gosta de fazer atualmente. Antes das 22h tinha terminado a sua apresentação. E quem quis, ficou por lá mais um pouco tomando uma cerveja e fumando um cigarro.